Águas

Há um fundo no fundo do rio. Mas ele não altera o infinito de suas águas. A fundura e a largura e o comprimento do rio me levam para o lugar de onde vim e para onde devo/espero/querodemais voltar. Talvez eu viva só para ir embora depois. Quando Milton Hatoum entrou na banquinha pelas mãos … Continue lendo Águas

A vala

Minha primeira experiência urbana foi uma vala. Ficava a não mais de quatro metros de distância da porta da sala. Era a primeira coisa que me via quando eu saía de casa. Cortava a rua de ponta a ponta, não tinha fim nem começo. A terra, paredes e fundo, era pútrida, pérfida. Tinha a deformidade … Continue lendo A vala

Minha vida de cachorra

Como dizia meu querido Waldick Soriano, eu não sou cachorra não pra viver tão humilhada... mas vivo. As redes sociais me devoram, atordoam, embebedam. Fico bêbada, mas não do jeito bom, feliz, potente, leve. Fico tonta, sem Norte, como criança depois de brincar de gira-gira. Quando estava sob o guarda-chuva de uma corporação, eu ainda tinha a chance (indevida) de … Continue lendo Minha vida de cachorra